sábado, 17 de outubro de 2009

A nossa Justiça, será justa?

Ontem, ficámos, finalmente, a conhecer qual a pena aplicada ao homicida do ourives de Setúbal.
20 anos de cadeia e uma indemnização de 85.000,00 euros à família, foi a pena aplicada pelo Juíz.
Este crime, para quem não se recorda, ocorreu, em 2008, a 20 de Agosto, quando Edivaldo Rodrigues (principal suspeito), numa tentativa de assalto, disparou duas vezes, contra o ourives.
Que dizer desta pena? É justa? Na minha opinião, nunca é justa. Quem assistiu, ontem, às notícias, viu um jovem muito descontraído, muito sorridente, como se fosse de férias e não preso. Arrependimento? Nenhum!
Bom, na realidade, é mesmo para ficar contente. Ele não vai preso, ele, de facto, vai passar férias. Hoje, estar preso, não deve ser nenhum frete, pois têm todas as actividades, como se em liberdade estivessem. Quando era miúda, lembro-me de passar na zona de Alcoentre e ver os presos a trabalhar, em prol da comunidade. Hoje, tem-se pena destes “pobres coitados”. Pensando bem, o melhor é condecorá-los por serem “Os melhores criminosos do País” e a data, até pode ser no 10 de Junho.
Hoje, goza-se com a nossa justiça, uma justiça que, na maioria das vezes, é cega para os verdadeiros criminosos e muito atenta e zelosa, para as vítimas, que decidem fazer a sua própria justiça. A Lei está ao lado de todos os criminosos neste País, desde crimes de sangue, corrupção, abusos sexuais … enfim, a justiça cheira a podre. Tornou-se uma justiça em putrefacção e não há quem a ressuscite.
Que leis são estas, que permitem que um cidadão de outro País, estando ilegal no nosso, há alguns meses, cometa um crime, vai preso e no fim da pena, ainda se pode dar ao luxo de permanecer no País?!!!
Noutro País, decente, cumpria a pena e ía “recambiado”, de volta ao seu. E eu pergunto-me. É destas pessoas que precisamos, para construir a economia do nosso País? Não me parece. Quando muito, ele está a contribuir para que desembolsemos dinheiro (que tão necessário é para áreas como a Saúde, a Educação e até a própria Justiça), com a sua “estadia” nas nossas prisões, ou com um possível repatriamento.
Será a nossa Justiça justa? Não! São raros os casos em que, realmente, funciona. É uma Justiça bolorenta, com verdete, de tão velha e ultrapassada que está. Desfazada no tempo, não acompanhou a evolução, isto porque quem faz as leis, são mentes obsoletas, deturpadas e destituídas de valores e as novas leis, que as há, normalmente, são feitas de encomenda e à medida, para protecção de uns quantos graúdos deste País. Maria da Fonte, volta mulher, estás perdoada!

Sem comentários:

Enviar um comentário